Como o machado o poeta fere a pena
que no papel sangra a grande dor do mundo
grande e imortal também se faz o homem
o homem Nauro
Machadamente pleno!
e o poema o reverencia
e a ermo vaga pela madrugada
sem se importar com a escuridão que o rodeia
pois, sabe que a luz
– não muito longe-
o espera!…
e a Praia Grande do homem-Nauro esvaziada
pontua a enviesada escuridão na rua
e em cada vão e pedra da calçada
vivem a saudade
a maresia
e a lua!
oh! inusitada cicatriz da vida
risca o risco de apagar a poesia

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